segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cheiro de saudade



Havia um cheiro de saudade espalhado nas cartas e nos versos escritos aleatoriamente
Era o cheiro que emanava dos cabelos, da pele e de cada célula sua faminta de amor
O quarto bagunçado, papéis, cartas, livros e discos pelo chão, todos denunciavam a agonia da sua ausência
Não sabia mais por onde você andava, mas a via de longe como uma miragem num deserto
Não tinha certeza de que você existia, talvez fosse um delírio meu, fruto de um egoísmo exacerbado ou talvez você existisse mas que somente eu pudesse enxergá-la e desfrutá-la de longe.
E mesmo que de longe pudesse enxergá-la, ainda assim, sentia o cheiro da saudade que invadia o meu quarto, as minhas coisas e devorava-me os sentidos à sua procura.

terça-feira, 1 de junho de 2010

É tudo o que sinto - Paulo Leminski


Inverno

É tudo o que sinto

Viver

É sucinto

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Passos



Saudosos de saudade
São os teus passos
Munidos de amor e melancolia
Tentei te alcançar, em vão
Mas o amor que guardei em mim
Há de brotar em cada sorriso seu.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Re(Lembranças)



Talvez um dia cada grão de lembrança
Que carrego na minha bagagem
Torne-se um livro de memórias vivas
Ou melhor, vividas!
Pode ser que a chuva arraste a saudade
Ou me faça lembrar do cheiro da terra molhada
Pode ser que o tempo modifique tudo o que restou
Até mesmo o cheiro do café das manhãs
Mas as letras rodopiadas no papel
continuarão lá.

domingo, 18 de abril de 2010

Céu




Quantas estrelas tem o seu céu?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

menina dos livros



Dizem que ela mora nos livros
E nas poesias contidas nestes
Dizem que ela mora em todas as
Canções líricas e em cada palavra
soletrada pelos enamorados
Se ela existe?
Não sei
Talvez ela possa estar aqui
Caminhando sobre estes versos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010


Sentada à beira dos sonhos

Esperando o beijo da lucidez

terça-feira, 12 de janeiro de 2010


A esperança me ensina a gritar.