domingo, 6 de novembro de 2011

Ella



No ponto, no traço, ou na vírgula
Os vestidos são vermelhos
E a pele é silêncio, é poesia
Não, não é nota de rodapé
Mas ela percorre os versos a pé
Saltando de enredo em enredo
Até cair no meu.

sábado, 30 de julho de 2011

Um drink, por favor.



Estávamos ali, sentados diante do outro a parafrasear bobeiras. Chovia forte, fazia frio.
Vermelhos e cálidos, seus lábios entrabertos por instantes fitaram os meus, como se os desejasse vorazmente.
Apenas a flor de canela sobre a mesa nos separava.
Seu cheiro me convidava.
Ensurdeci por munutos a te olhar.
- Estás ouvindo o que falo?
- Sim, sim, me desculpe, estava a pensar alto.
- Bem, preciso ir.
- Mas é que... Bom, tudo bem então.
- Nos vemos em breve. Até.
- Até

Não sabia escolher as melhores palavras para me dirigir àquela moça. Nem ao menos para dizer um simples adeus.
Restou-me a mesa, a flor de canela, o cheiro daquela pele, a lembrança dos lábios e a imagem dela partindo.
Eu a amava, mas não conseguia dizer. Apenas sentir.
- Garçon!
- Pois não, senhor?
- Um drink, por favor.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Amores são tão incertos...




Amores são tão incertos

o jogo é quase sempre mais certo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vermelho



Quiçá apenas engendro um sonho vermelho
Feito de versos indizíveis em noites insones